
Por Leandro Rocha
Vinguemos-nos de todos que nos fizeram mal, sejamos nós a lei do retorno e sejamos nós o flagelo dos deuses! Nossos malfeitores irão se arrepender do dia em que ousaram virar-se contra nós...
A Senhora Justiça tem os olhos vendados e carrega uma espada pesada. A espada dela tem dois fios, de um lado a justiça tida como a correta, aquela feita pelo Estado contra o infrator da lei, no outro fio temos a justiça errada, feita com as próprias mãos, a justiça feita com paixão e fúria daquele que se sentiu ofendido. Qual delas é a justiça verdadeira?
As duas, a vingança é a manifestação da mais pura e cruel justiça, mas esta é a justiça divina? A justiça dos homens? Não, de forma alguma, ela é a sua justiça, aquela criada baseada em suas experiências, a balança pesa com o seu sofrimento e suas lagrimas.
A vingança vem na proporção exata do injustiçado, ninguém alem dele sabe o quanto sofreu e quanta dor sentiu, só ele, só ele é capaz de pesar seus atos, as conseqüências, o ato de sofreu e as conseqüências disso, o veredicto vem em atitudes baseadas na raiva e na revanche.
Mas o lado sombrio da espada da Justiça tem um lado ainda mais obscuro, a vingança raramente vem de forma limpa, costuma vir como o disparo nas costas, como o veneno no suco de laranja, os golpes de faca que interrompem o sono noturno para jogar-lhe no sono eterno.
O problema de se vingar é que este é um efeito bola de neve, você se vinga, alguém se vinga em você e outro alguém te vinga, a justiça nunca deixará de aplicar seus golpes implacáveis. Golpes justos, certeiros, talvez mais certeiros que os golpes dado pelo Estado, mas golpes saídos das sombras, dos pontos mais obscuros da sua alma, vingador.
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