
Chove forte lá fora e o cenário é bastante tenso, a luz esta sendo arrancada das lâmpadas, mas ela teima em ficar, a chuva é mais forte. A água entra por baixo das portas e por frestas em janelas e o vento sussurra... Aquele sussurro que assombra as crianças e sempre está presente nos filmes de terror.
Apesar da tempestade, dentro de casa esta quente e o suor do calor se mistura ao suor frio da tensão, de não saber ate que horas a escuridão ira permanecer sobre nós, procuramos as velas e acendemos e o combustível do fogo é o medo, medo de as vermos queimar ate o ultimo centímetro de pavio.
Escrevo sentindo o suor nascer na testa e correr pelo rosto descer ao pescoço e se perder na blusa, mas ainda sim escrevo, não tenho velas comigo, minha luz é a tela. Exercito minha audição ouvindo as reclamações dos que compartilham a escuridão comigo e os trovões, muitos trovões.
Tenho a sensação que a chuva quer entrar em casa, a força com que bate nas janelas e com que entra em qualquer basculante descuidado que permaneceu aberto é impressionante. Gostamos de receber visitas mas dessa vez nós seremos maus vizinhos.
Continuo escrevendo ouvindo a chuva desistir mas seus efeitos ainda estão sob minha cabeça, ainda escrevo no escuro e ainda suo quente e frio, mas esta tudo bem, ainda que o ultimo pavio se apague, a luz virá amanha, seja elétrica ou seja o sol, mas por enquanto, chove forte lá fora.
Me apavorei ! **
ResponderExcluir