Por Rodrigo Santos
Qual sentimento poderia ser tão pequeno aos olhos daqueles que o possui? A culpa... Ela esta acompanhada de uma máscara, a máscara do bem. Sim é claro, do bem... Você já viu alguém possuir uma máscara do mal? A máscara esconde a dor e a tristeza dos olhos daqueles que os carregam... Faz com que sua visão seja deturpada ao ponto de, por muitas vezes, transportar toda sua culpa para outrem.
A culpa está associada a todo mal material, moral e espiritual, que de certa forma estão ligadas umas as outras. E o erro, será que ele está ligado a culpa? Quando se assume um erro, estamos levando consigo uma responsabilidade por algo feito ou pensando. A culpa se torna presente, uma vez que tentamos ofuscar nosso erro, culpando outros por aquele momento ruim, pois se for bom, não temos culpa, não essa mascarada.
Não me venha dizer que nem tudo na vida, nem todo fim têm um culpado, se teve fim, foi porque começou, e se começou foi por culpa de alguém. Minha talvez...
Talvez não, a culpa é minha sim! Não devo me esconder na máscara que, eu mesmo, escrevo. Por erro dele, você carrega uma cruz que não é sua, que seja sua, mas o fardo é meu, o que me leva a culpa de um erro que se torna meu, e não mais dele.
Você ri, eu choro, você brinca, eu assisto, você me ama, eu passo a me odiar, com a certeza de que um dia esse ódio me levará a um quarto escuro novamente, sem porta, sem janela, sem comida, sem ar... Por mais que eu queira, não posso me esconder nesse quarto escuro agora, pois não saberia sair nunca de dentro dele. Ao mesmo tempo não seria covarde a tal ponto de te deixar sozinho carregando essa cruz, se eu for, o peso dela será maior, o erro dele, que já eu meu, se tornará mais vivo ainda, o fardo talvez fique mais leve, mas a culpa não, a culpa me secará aos poucos, como se fosse um veneno de rato, me levando a morte. Mas quando isso acontecer, já será tarde, pois já estarei morto a muito tempo, e a culpa continuará sendo minha!
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