terça-feira, 11 de maio de 2010

Seria a morte solução?

Por Rodrigo Santos

Você perde uma máscara, talvez a mais pesada de todas, as outras, nessa hora, já não fazem diferença alguma, pra você até faria, mas para aquele que um dia jurou estar ao seu lado no dia em que essa máscara se fosse, não faz diferença alguma. A máscara dele também caiu, e eu te disse isso ia acontecer.

Histórias vividas, momentos passados, risos de tristezas, choros de felicidades, abraços dados, pactos selados... Uma vida inteira se vai junto com a máscara que você vestia e não veste mais.

Você se torna cruel, o amor que os outros sentiam, vira decepção, a decepção que você tinha, vira amor... Como um quebra-cabeça de nível 7, você vivia encaixando cada peça de sua vida, com medo da imagem final formada, mesmo que aparentemente toda imagem, no tabuleiro formada, parece-se perfeita, sempre haveria alguma peça trepada na outra, sempre haveria uma máscara em sua face... Você se torna odiado, se torna sozinho por se tornar você! E mais uma vez não foi por falta de aviso.

Seus dias viram um eterno sábado de aleluia, seus ouvidos são malhados, como os bonecos de Judas, por muitas vezes, você é considerado o próprio, o traidor, o “coisa” ruim. Mas esquecem que, diferentemente dos bonecos, dentro daquele corpo, bate um coração.

Você chora, você sangra, por muitas vezes as lágrimas se confundem com o sangue, por outras o sangue se torna a própria lágrima. Você dorme, dorme e dorme. Acorda e se pergunta: Seria a morte a solução?

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