Por Leandro Rocha
Antes de tudo peço que me perdoe pela forma um tanto agressiva que te escrevi falando sobre o quanto eu te cerco, não sei, mas eu ficaria assustado se recebesse tal mensagem, tentarei ser mais sutil agora.
Vou puxar da memória tudo que vem de você e posso acabar sendo repetitivo pois vou tentar reparar a agressão que lhe fiz. Esqueça tudo que disse, já não te cerco mais, não mais te olho escondido sob a sombra e nem pergunto de você aos que sabem. O que sei sobre você, sei e o que não sei não saberei ate que me contes.
Sinto-me ao mesmo tempo muito bem e muito bobo por te escrever algo cheio de referencias, sem falar teu nome e sem falar o meu, falo do nosso hoje e nosso ontem e falo ainda do meu projeto de amanha, mas que tipo de resposta eu terei se não sei o quanto disso tudo você compreende? Pode parecer um texto genérico, mas não é.
Gosto de lembrar de você, parece tão frágil, mas esconde uma força que me encanta, acho que foi a primeira coisa que me chamou atenção, sua força. Combina bem esse paradoxo, pequena no tamanho e gigante na força.
Por que não terminou de me ensinar a dançar? Tudo bem, guardo a tentativa com carinho, coloco num lugar especial no meu álbum de fotos, pouco antes deitei a cabeça no seu colo para conversar, você não deve lembrar. Ali desejei dormir, dormir por 12 horas deitado em seu colo, não consegui, mas pisquei de forma tão longa que parecia viver em muitas eternidades.
Acho que infinitas vezes desejei que alguns momentos fossem infinitos, quando pude te ver dormindo, quis isso, não aconteceu mas te olhei bem, olhei a paz com que dormia mesmo com aquele vento frio vindo do mar, olhei o quanto pude ate minhas pernas pedirem que eu dormisse também, quando deitei e fechei os olhos, só via você, dormindo.
Pouca coisa pode ser melhor do que te ver pulando feliz. Juntava-se aos outros com facilidade, se integrava ao cenário com perfeição, te olhava de fora admirado, falava comigo que queria você pra mim. Será que consigo?
Mais tantas referencias vazias, mais alguma coisa para você achar genérico, mas uma vez não digo os nomes, conto os fatos sob o meu olhar, um olhar parcial que vê apenas o lado bonito, confesso que procuro seu lado feio, mas você parece não ter um. As referencias não acabaram, há tantas outras mas, ficará pra uma próxima oportunidade, quem sabe ate lá eu já não tenha te conseguido? Ou desistido de você.
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